Incluir um membro de nossa família não é uma opção, uma escolha, ou mesmo uma necessidade; é uma ordem cósmica. Não nos cabe sequer questionar ou julgar o que quer que seja em relação a essa pessoa.; É parte de nossa família e ponto final.
Conviver com um membro de nossa família é uma opção, uma escolha totalmente adequada a nosso livre arbítrio.
Podemos perfeitamente incluir e não conviver.
Incluímos e reverenciamos aquele pai agressivo, violento, indisponível, cruel. Nos curvamos a ele que nos deu a vida. Mas não convivemos com ele, porque conviver com o homem que ele é é impossível, é nocivo, é destrutivo.
Incluímos e reverenciamos aquela mãe que nos abandonou, nos deu em adoção, partiu e nos deixou sozinhos, mas não convivemos com ela. Dizemos sim à ela que nos deu a vida e somos gratos pela vida que recebemos, mas nos damos o direito de liberdade de não conviver com ela, e fazemos isso com leveza e sem julgá-la.
Incluímos e reverenciamos aquele nosso irmão que debandou, fez escolhas que achamos desastrosas para a vida, dizemos sim à ela e lhe damos o seu lugar de pertencer na nossa família, mas não convivemos com ele. Não temos como, sua escolha de vida e gostos pessoais agride nossa maneira de viver e estar na vida, penas o respeitamos como é e o deixamos SER, sem nos envergonharmos dele, apenas compreendendo que a vida dele pertence a ele e ele faz dela o que acha melhor.
Incluímos e reverenciamos os filhos que perdemos pelo aborto, seja espontâneo, seja opcional, porque eles são parte de nossa família e o seu lugar de existir é delimitado pelo próprio universo. E neste caso especifico vamos conviver com as emoções que este evento causou. Conviver é preciso porque incluir não sacia nossa alma.
Enfim, Incluir é uma determinação.
Conviver é uma opção.
Incluir é inquestionável
Conviver é discutível.
"Contos Cotidianos" Sissi
コメント