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  • Sissi Semprini

A IMPORTÂNCIA DO AQUI E AGORA


Para quem já viu ou conhece o trabalho de Cesar Milan, o encantador de cães, já o viu inúmeras vezes se reportar ao fato de que os cães vivem no aqui e agora.

A Tonica de sua fala quando lida com animais traumatizados por maus tratos é a de que, a partir do momento que você apresenta o novo, a nova maneira de conduzir o cão e de tratá-lo, não existe mais trauma, os cães não vivem no passado. Só no aqui e agora, é por isso que se você der um bom tapa e esbravejar com o seu cão e mandá-lo pra longe, e, um minuto depois chamá-lo em outro tom ele vem correndo e abanando o rabo. Os cães só vivem o aqui e agora. Carregar pesados fardos e viver olhando para trás é uma postura humana.

É muito difícil para nós entendermos como isto funciona, porque ao longo da evolução humana foram criados mecanismos que nos afastaram de nossa essência prima. Originalmente somos intuitivos e serenos. Temos a capacidade inerente de perceber o fluxo do universo e da natureza e seguir com ela, como fazem os animais ainda hoje, porque não se apartaram de sua essência Divina. Eles seguem o fluxo e continuam.

Ao contrario do homem que passou a criar medos, inseguranças, amarguras profundas e impossibilidades de seguir em frente, porque estabelece profundas amarras com o passado. Quando a dor esta acontecendo você a experiência e sente, passada a dor, você aproveita o novo momento e segue em frente. A vida muda a cada segundo. É impossível não mudar com ela. Ela tem ritmo vertiginoso e constante, e movimento absoluto.

Nós somos a somatória de nossas experiências já vividas, e deveríamos ter a mesma naturalidade de um cão que após treinado a não pegar um pedaço de carne no chão porque foi repreendido quando fazia isso, passa o restante de sua vida sem pegar aquele pedaço de carne no chão, porque ele traz a informação de que haverá uma represália se o fizer, mas não o sentimento e a angustia de ter sido repreendido por isso.

Quando discutimos com nosso parceiro deveríamos nos expressar e verbalizar tudo o que é necessário, e ouvir o necessário dele. Minutos depois deveríamos nos apresentar um ao outro tranquilamente e conversar com leveza a rotina do dia, porque o momento de discutir já passou. Mas não. Acumulamos o rancor e o desejo de que ele pague por isso, de que ele sofra porque eu estou sofrendo, e assim, o maximo que conseguimos é transformar a dor do passado num presente permanente. Com a nossa força mental vamos mantendo a dor e a frustração vivas e atuantes no aqui e agora.

Praticar o exercício de deixar o passado no passado, de armazenar as informações preciosas para quando se precisar usar a sabedoria adquirida pelo vivenciado for pedida, se permitir olhar a vida com olhos de enxergar o belo, sorrir gostosamente e fluir a cada momento, transforma a vida terrena numa Dádiva e num prazer, e podemos perceber que dá pra ser feliz sim.

A felicidade depende única e exclusivamente de estarmos PRESENTES!

O presente é o único instante que te possibilita viajar para frente e para trás, então ele é tudo o que é.

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